Pesquisa recente comprova efeito anti-inflamatório do óleo da semente da romã - Eng.ª Mónica Leal

2023-01-12

Pesquisa recente comprova efeito anti-inflamatório do óleo da semente da romã

Pesquisa recente comprova efeito anti-inflamatório do óleo da semente da romã

A pesquisa foi realizada por uma equipa de cientistas do Institute of Food Science Research, publicada com o título: “Anti-inflammatory effect of two pomegranate seed oils obtained by green technologies in Caco-2 cells using the bioaccessible fraction from in vitro gastrointestinal digestion”, no jornal Food Research International.

Os ácidos linoléicos conjugados apresentam efeitos anticancerígenos, antiobesidade, antidiabéticos e anti-hipertensivos. No entanto, só se encontram presentes em productos lácteos e gorduras animais e, devido a essa limitada fonte de recurso, a Indústria Alimentar produz de forma sintética diferentes tipos de ácidos linoleicos. 

Sendo assim, é importante procurar por fontes naturais alternativas que contém o ácido em questão em abundância e com presença de ligação dupla, visto que se tem vindo a comprovar que a presença dessas ligações proporciona inúmeras propriedades 

bioativas. Com esta questão em mente, o grupo de cientistas ao realizar esta pesquisa ficaram positivamente surpreendidos ao descobrirem que o óleo da semente da romã é composto, principalmente, pelos ácidos linoléicos e por ácido púnico. 

Durante a pesquisa, foram utilizados dois óleos de romã obtidos por extração sequencial em duas etapas: primeiro com um expeller e depois, via tecnologia de CO2 supercrítico. Tendo sido estudados num sistema gastrointestinal estático in vitro, para avaliar a sua bioacessibilidade. 

Os resultados obtidos indicam que o óleo de romã garante maior quantidade de fase micelar (93%), com componentes principais ácidos gordos livres e monoacilgliceróis. O óleo obtido através do tratamento supercrítico apresentou uma fase micelar (82%) com composição lipídica semelhante. 

O óleo de romã apresenta uma resposta anti-inflamatória, reduzindo a produção de IL-6, IL-8 e TNF-a em células estimuladas por LPS e aumenta a intregridade da monocamada celular, medida pela resistência elétrica transepitelial. E no caso do tratamento supercrítico, o efeito anti-inflamatório foi evidente apenas para a IL-8.

Assim, a pesquisa realizada comprovou boa bioacessibilidade, digestibilidade e propriedades inflamatórias dos óleos da semente de romã. Sendo este, uma fonte adequada de ácidos linoléicos e com grande potencial a ser aplicada na indústria alimentar. 

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